Muitos pais de crianças especiais que têm outros filhos optam por não entrar em detalhes com as outras crianças sobre a condição do filho especial, na esperança de protegê-los de preocupações. As crianças, entretanto, percebem logo cedo o que as diferencia do irmão especial, e na falta de informações claras podem tirar suas próprias conclusões – quase sempre erradas.
As terapeutas Gabriela Leoni e Augustina Girard, do Programa FADI, voltado à orientação de famílias com membros deficientes, afirmam que atendem com frequência crianças com fantasias a respeito da deficiência de seus irmãos. “As mais comuns estão relacionadas à morte do irmão, ao medo de serem contagiadas pela deficiência, a curas milagrosas e ao fato de acreditarem ser, de alguma forma, responsáveis pela deficiência do irmão”, apontam.
Para evitar que isso aconteça, elas sugerem que os pais abordem claramente o assunto, usando linguagem adequada à idade da criança para que ela entenda o que está sendo falado. “Saber o que o irmão tem fortalece a criança, ajudando-a a adaptar-se à realidade e a preparar-se para enfrentar perguntas e comentários de familiares, amigos e colegas de escola”.
É sugerido ainda que os pais respondam sempre que a criança perguntar, dando abertura para oferecer mais explicações sempre que a criança manifestar interesse. “As crianças têm seu próprio tempo para aceitar diagnósticos, assim como os pais”, ressaltam. Assim, caso a criança responda que não quer saber o que a deficiência do irmão pode causar no futuro, por exemplo, os pais devem aguardar até que ela esteja pronta para saber mais.
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