Você, que trabalha com crianças pequenas, já deve ter presenciado quando elas começam a se expressar oralmente e a pronunciar as primeiras palavras. É um momento mágico e muito importante. Por isso, como educador ou cuidador, vale ajudar a criança a experimentar novas possibilidades e ampliar seu vocabulário.
Normalmente, os pequenos começam a balbuciar com um ano de idade, falando monossílabos como ‘má’, ‘pá’, ‘qué’.
Normalmente, os pequenos começam a balbuciar com um ano de idade, falando monossílabos como ‘má’, ‘pá’, ‘qué’.
Antes, porém, já é possível estimulá-los, por meio da conversa. Recentemente, uma pesquisa realizada na Universidade de Chicago (EUA) indicou que algumas acções, não verbais, podem ter tanta importância no desenvolvimento da fala quanto a conversa propriamente dita.
Um exemplo citado é apontar um livro e dizer: “Vou pegar um livro”. A associação entre a acção e a palavra ajuda a criança a memorizar o som e o que é ‘livro’.
Esse estímulo é importante, mas, vale lembrar que a fala também depende de outros factores para se desenvolver. Ou seja, a criança tem de estar com o sistema neurológico, a parte motora e a psicológica preservados.
Isso significa que cuidar, dar carinho, proteger são atitudes que influenciam profundamente no desenvolvimento da criança e, consequentemente, na sua expressão oral.
Confira estas dicas que podem ajudá-lo na sua interacção com as crianças para que elas desenvolvam ainda mais a linguagem oral:
Narre o mundo. Fale sobre o que está à volta. Na hora de colocar a roupa para ir embora da creche, por exemplo, relate o que vai fazer: “vou pegar seu casaco na mochila e colocá-lo em você para ficar bem quentinho”. “Vou trocar a sua meia e calçar os ténis”. Se tiver de trocar a fralda, a mesma coisa: “vou limpar seu bumbum e você vai ficar cheiroso”. Mostre os objectos que cita nessa narração (mochila, casaco, meia, ténis, fralda…) para que aconteça a associação do som com o objecto, para ficar mais fácil decorar o nome dele.
Narre o mundo. Fale sobre o que está à volta. Na hora de colocar a roupa para ir embora da creche, por exemplo, relate o que vai fazer: “vou pegar seu casaco na mochila e colocá-lo em você para ficar bem quentinho”. “Vou trocar a sua meia e calçar os ténis”. Se tiver de trocar a fralda, a mesma coisa: “vou limpar seu bumbum e você vai ficar cheiroso”. Mostre os objectos que cita nessa narração (mochila, casaco, meia, ténis, fralda…) para que aconteça a associação do som com o objecto, para ficar mais fácil decorar o nome dele.
Cuide do tom de voz. Ao falar com a criança, coloque sentimento nas palavras. Por exemplo: a criança fez um desenho. Você olha para ela e diz, com alegria e contentamento: “nossa, que desenho bonito você fez!”. Por outro lado, quando a criança fizer algo que mereça repreensão, deixe isso claro no tom de voz, sem gritar ou elevá-la, mas mostrando firmeza. Dessa forma, você ajudará os pequenos a descodificarem as emoções.
Cante, mesmo se desafinar. Cantar é essencial. A sonorização, a rima e o canto em si transformam falas em brincadeiras, o que ajuda o desenvolvimento da linguagem, do vocabulário e o letramento. Refrões são importantes nas músicas porque, pela repetição, você consegue prender a atenção da criança. E quanto mais variedade, melhor. Músicas infantis, MPB, rock, erudita, samba…
Leia histórias e poesias. Além de estimular a imaginação, contar histórias ajuda a ampliar o vocabulário e a curiosidade das crianças sobre a linguagem. Os poemas, assim como as músicas, têm ritmo e sonoridade bem acentuados. Comece com os textos de rimas directas e, aos poucos, vá sofisticando. Mas, lembre-se: a leitura não pode ser mecânica e, assim como a conversa, precisa passar emoção.
Use sinónimos. Na hora de nominar um objecto, procure indicar as várias formas de fazê-lo. Aos poucos, a criança vai enriquecendo seu vocabulário.
Brincar para aprender. Nada de transformar o aprendizado da criança em algo mecânico. Se a criança está se divertindo e fazendo determinada actividade com prazer, ela aprende muito mais. Se ela se mostrou interessada por um livro, em vez de forçar a leitura de outro, ajude-a a explorá-lo. Ela quer repetir a mesma brincadeira mais de uma vez? É sinal de que está aprendendo. Quando ela não quiser mais é porque, naquele momento, foi o suficiente.
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